“25 de Abril: O Dia em que Portugal Escolheu a Liberdade”

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Imagina viver num país onde não podias dizer o que pensas, onde a música, os livros e até as notícias eram controlados. Onde votar era só para alguns e criticar o governo podia levar-te à prisão. Foi assim que viveram os portugueses durante quase 50 anos, até ao dia 25 de abril de 1974 — o dia em que tudo começou a mudar.

Nesse dia, aconteceu a chamada Revolução dos Cravos. Um grupo de militares, cansado da guerra nas colónias africanas e do regime autoritário, decidiu agir. Durante a madrugada, tomaram conta de pontos estratégicos do país e, ao som da música “Grândola, Vila Morena” (que era proibida na altura), lançaram o sinal para o início da revolução.

A população saiu às ruas para apoiar os soldados e, em vez de armas e violência, houve flores: os cravos vermelhos oferecidos por uma florista tornaram-se o símbolo da liberdade. Os soldados colocaram-nos nos canos das espingardas, e o resto é história.

A revolução foi pacífica e marcou o fim da ditadura do Estado Novo, liderado por Salazar e depois por Marcelo Caetano. A partir dali, Portugal começou o seu caminho rumo à democracia. Passou a haver eleições livres, liberdade de expressão, fim da censura e mais direitos para todas as pessoas.

E hoje, o que significa o 25 de Abril?

Hoje, o 25 de Abril é mais do que um feriado. É o Dia da Liberdade — uma data para lembrar que aquilo que temos hoje, como o direito de votar, de falar livremente, de usar as redes sociais sem medo, de ouvir e criar qualquer tipo de música, só foi possível porque houve pessoas que lutaram por isso.

Mesmo para quem não viveu naquela época, o 25 de Abril continua a ter importância. É um lembrete de que a liberdade não é garantida para sempre e que é preciso estar atento para a proteger. É também uma inspiração: mostra que, quando as pessoas se juntam por uma causa justa, podem mudar o rumo da história.

Por isso, celebrar o 25 de Abril é celebrar o direito de sermos livres, de pensarmos por nós próprios e de fazermos parte ativa da sociedade. É uma herança que nos cabe continuar.

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